Pibidianos: Adriana de Fátima Moraes, Bruno
Henrique da Silva, Clécia de Paula Alves, Lucas Lellis da Silva, Mariana
Moreira do Prado, Melina Arantes, Tiago Eduardo dos S. Francisco.
Supervisora: Leda Maria Silva
Coordenadores do PIBID- Professor Walbert dos Santos e
Professora Fabiana Lúcio de Oliveira.
Foi realizado pelos alunos do PIBID Ciências Biológicas na
quarta-feira, dia 29 de março, no prédio da Biologia, um seminário sobre a
Reforma do ensino Médio. Participaram do evento os coordenadores e alunos do
Programa. A ideia surgiu da urgência em discutir o tema e da constatação que a
maior parte da comunidade escolar (pais, professores e alunos) e sociedade,
desconheciam o teor do texto aprovado e quais seriam os impactos futuros na
educação do país.
O grupo que apresentou o seminário atua na escola Estadual
Professor Salatiel de Almeida. Antes do seminário reuniram se com a
supervisora, Leda Maria Silva, fizeram várias leituras e assistiram vídeos
sobre o tema. Após um pequeno debate e exposição de opiniões, organizaram o
seminário para ser apresentado e debatido com os demais colegas do PIBID-Ciências
Biológicas.
O tema é polêmico, pois a mudança ocorre sem debate com a
sociedade e comunidade escolar. A maior parte dos alunos do ensino médio não
tem ideia do que se trata a Reforma, conforme constatado pelos organizadores do
seminário, que entrevistaram alunos da escola Salatiel de Almeida.
A Reforma é um conjunto de novas diretrizes para o ensino médio
que altera artigos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que é a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Foi aprovada, via Medida Provisória
pelo presidente Michel Temer, o que gerou muitas críticas.
Uma das principais mudanças refere-se ao currículo, que será
composto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com disciplinas comuns
para a primeira metade do ciclo, e por cinco ênfases específicas, organizadas
nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e
formação técnica profissional. O aluno escolherá as disciplinas que deseja
cursar conforme sua área de interesse a partir da segunda metade do ensino
médio. A carga horária, que é de 800h anuais, será ampliada gradativamente, até
a implementação de escolas de período integral.
Outro ponto polêmico foi a permissão para que profissionais com
“notório saber”, reconhecidos pelos sistemas de ensino, possam lecionar para
curso de formação técnica e profissional.
A maioria dos presentes no evento concluiu que uma mudança deve
haver sim, principalmente no ensino médio. Os dados sobre baixo desempenho e
evasão são preocupantes. Mas a Reforma deveria ser melhor debatida com a
sociedade e não implementada por meio de Medida Provisória. Também que a
ampliação da carga horária, sem melhoria da estrutura física e pessoal seria
inviável, principalmente nas redes estaduais e municipais, que passam por
problemas na rede física e ausência de recursos humanos. Outro ponto, que foi
discutido é se o estudante do ensino médio teria maturidade para escolher a
área de interesse, numa idade que há muitas dúvidas sobre o futuro
profissional.
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